Capítulo 17
Rodolfo levou-os então para Emrik, terra dos mercenários e banqueiros. No sopé das montanhas de Ungeth, Emrik era apenas uma zona árida com pequenas aldeias com casamatas de mercenários e bancos.
Emrik não tinha produções próprias mas com o dinheiro dos seus bancos e o alugar dos seus mercenários deixavam-nos comprar os mantimentos que necessitavam.
«Quem procuramos aqui?» perguntou Rodolfo.
«Uma mercenária de nome Diana.» disse David.
«Sim, certamente não procuraríamos um banqueiro para a nossa missão» disse Filipe sarcástico
«E porque não?» disse Lina. «O dinheiro abre muitas portas por aqui.»
«E onde devemos procurar?» perguntou Soraia.
«Procuremos por uma casamata de besteiros.» disse David.
E durante parte do dia procuraram por algumas aldeias por casamatas de besteiros.
«Majestade ali.» apontou Lígia.
Ao longe, perto de uma casamata, uma jovem estava entretida a limpar a sua arma, uma besta.
«Diana, há anos que não vos via.» disse David.
«Majestade.» disse Diana com um grande sorriso. «O que vos trás a Emrik?»
«Procurava por vós.» retorquiu David.
«Então quereis o serviço de uma mercenária.» disse Diana. «Sabeis que vos vou cobrar.»
«Que mais se esperaria de uma Emrik.» riu Rodolfo.
«Tendes muito que falar Ungueth.» disse Diana.
«Aí apanhou-vos.» disse André
«O roto a falar do rasgado.» disse Luís.
«Não quereis dizer o nu?» perguntou Filipe.
«Talvez em vosso reino permitam a nudez pública, mas não no meu.» disse Luís.
«Lá começam eles outra vez.» disse Rose.
E com a discussão sobre ditados em vários reinos Luís e Filipe foram ignorados por todos.
«Ainda falta uma pessoa.» disse Lígia. «Sinto-o.»
«Talvez esteja na altura de um novo teste.» disse David. «Diana por acaso não iríeis encontrar-vos com outra pessoa?»
«Por acaso.» disse Diana surpreendida. «Ia agora encontrar-me com uma amiga.»
«Ela não será por acaso uma mercenária?» perguntou Andreia.
«Sim, de facto é.» disse Diana.
«Parece ser uma boa hipótese.» disse Lígia.
«Se não vos importardes, iremos acompanhar-vos.» disse David.
«Não.» disse Diana. «Eu apreciaria a companhia.»
«E onde se encontra a vossa amiga?» perguntou Cátia.
«Numa cidade a Norte daqui, chamada Parmétika.» disse Diana
«Não!» exclamou Rodolfo. «Em Parmétika não!»
«Rodolfo?» indagou Ivandro.
«O povo de Parmétika descende do meu.» disse Rodolfo. «Mas devido a disputas não nos damos bem.»
«E achais que não conseguireis cumprir com a vossa promessa?» perguntou Raquel.
«Eu cumprirei a minha promessa.» disse Rodolfo. «Mas não me pedi para me dar com alguém de Parmétika.»
«Não vos pediremos isso.» disse Fábio.
E assim acompanharam Diana na sua viagem até á região de Parmétika. Parmétika era um oásis de florestas. O povo que aí se estabelecera descendia dos de Ungueth, mas enquanto os de Ungueth se cobriam dos pés á cabeça os de Parmétika usavam roupas curtas o que lhes dava uma movimentação mais rápida.
Diana levou-os pelos meandros da floresta até ás portas de uma pequena cidade fortificada.
«Bem vinda Diana.» disse uma jovem garridamente vestida. «Haveis demorado um pouco.»
«Desculpai-me Tanuska.» disse Diana. «Mas estive em negociações para uma nova missão.»
«Uma nova missão?» indagou Tanmuska. «E não tereis lugar para mim?»
«Sim.» disse Lígia. «Sois exactamente quem procuramos.»
«Hum...» disse Tanuska. «Sinto a presença de algo mau.»
«Mil perdões.» disse Paula.
«Não, não sois vós.» disse Tanuska com ar travesso. «É um Ungueth.»
«Isso Incomoda-vos?» perguntou Freira.
«Não.» disse Tanuska. «Desde que se mantenha á distância.»
«Não vos preocupeis com isso.» disse Rodolfo. «Também não quero nada convosco.»
E assim se juntaram Diana e Tanuska ao grupo e todos se dirigiram para a fronteira com os reinos elficos .