Capítulo 25

 

Okradon, o reino dos Hawk, uma terra de belas montanhas, florestas e planícies. As montanhas eram povoadas por cidades ninho do seu povo. Os Hawk eram considerados as mexeriqueiras do mundo, sendo conhecidos pelas frases “um passarinho contou-me” e  “foram palavras deitadas ao vento.”.

O grupo entrou pelas planícies sendo observados das alturas por vários Hawk. Ao chegarem perto de uma das montanhas, um Hawk veio ao seu encontro.

 

«Bem vindos a Okradon.» disse o Hawk. «O meu nome é David mas todos me chamam de Passarinho.»

 

Passarinho era magro e mais baixo que a maioria dos seus irmãos Hawk. E nas suas costas o par de asas dos Hawk.

 

«Desculpai-nos mas não são permitidos estrangeiros em nossas cidades.» disse Passarinho. «Mas chegou-nos a notícia  de vossa missão e eu juntar-me-ei a vós.»

 

«Um passarinho disse-vos?» perguntou Soraia Jocosa.

 

«Sim.» disse Passarinho sarcástico. «Foi mais um passarão.»

 

E com uma risada geral partiram a caminho de Daric.

 

«Como são as vossas cidades?» perguntou Raquel.

 

«São como ninhos.» disse Passarinho. «Uma grande rede de ninhos.»

 

«Gostaria de visitar uma um dia.» disse Freira.

 

«É proibido a  estrangeiros.» disse Passarinho. «Demasiados segredos.»

 

E por fim chegaram ás fronteiras de Daric.

 

«Olhai.» disse Pequenina. «Um arco-íris.»

 

De facto ao longe erguia-se um arco-íris.

 

«Parece vir da capital do reino.» disse Angela.

 

«Será normal tal acontecimento?» perguntou Cátia.

 

«Não.» disse Passarinho. «Não é nada normal.»

 

«Então será melhor que nos apressemos.» disse David.

 

O grupo todo cavalgou em direcção á capital.

A capital de Daric era feita de cristal que difundia a luz como um arco-íris por toda a cidade e pelos seus habitantes. No centro da cidade num altar de luz vários habitantes de Daric lançavam para os céus o arco-íris que o grupo vira.

 

«Bem vindos.» disse o mais velho. «Ainda bem que nosso sinal vos trouxe aqui.»

 

«Era difícil não o seguir.» disse Filipe sarcástico.

 

«Pequeno, não fazei troça dos nossos esforços.» disse uma voz atrás dele.

 

A dona da voz era uma mulher de baixa, de longos cabelos negros e um sorriso divertido.

 

«O meu nome é Elizabete, mas chamam-me Betitnha.» disse a Mulher.

 

«As minhas desculpas.» disse Filipe com uma pequena vénia.

 

«Da próxima vez calai-vos.» disse Luís a rir.

 

«Menino, não deverás bater em alguém caído.» disse Betinha.

 

«Senhora, porque nos atraíram aqui?» indagou David.

 

«Sabemos de vossa missão.» disse Betinha. «Um passarinho disse-nos. Eu estou pronta a juntar-me a vós e por isso vos atraímos até aqui.»

 

«Então que sejais bem vinda!» exclamou André.

 

«Obrigada pequeno.» disse Betinha.

 

«Tendes algum conselho para onde nos deveremos dirigir?» indagou Cristina.

 

«Eu arriscaria as montanhas de Gorag.» disse Betinha.

 

«O reino dos Elementais de água?» perguntou Vanessa. «Mas as histórias que de lá vêem são terríveis.»

 

«Ainda temos que ir para o reino dos demónios.» disse Cátia. «Não podem ser piores.»

 

«Nisso tendes razão.» disse Rose.

 

«Então a caminho.» disse David. «Para as montanhas de Gorag.