Capítulo 31

Bane o reino das Banshee era um reino diferente dos outros reinos das Trevas. O sol brilhava sempre, os campos sempre verdes. Mas não pareciam ter qualquer utilidade, não haviam animais a pastar, não haviam aldeias nem nada que pudesse aproveitar tal abundância. Apenas o grande castelo negro de Bane estava no meio dos campos, o lar das choram a morte. Cada uma delas encarregada de chorar a morte de uma das criaturas do mundo, desconheciam a razão da sua incumbência mas também não era nada que fosse muito importante para elas.

O grupo passou perto do castelo antes de se dirigir a ele, lá dentro ouviam o lamentoso canto das Banshee  nas suas canções da morte.

 

«É horripilantemente belo.» disse Ana Raquel

 

«Uma vez ouvi uma das suas canções quando um do meu clã morreu.» disse Bruno. «Era bela mas tão triste.»

 

«A música?» perguntou Lina.

 

«Não a Banshee.» disse Bruno distraído.

 

«Venham até ao castelo!» exclamou uma das Banshee das ameias. «Nenhum de vós corre perigo.»

 

O grupo aproximou-se do grande castelo negro com uma porta branca em forma de crânio que se abriu revelando muitas mulheres de longas túnicas brancas que os olhavam com curiosidade..

 

«Bem vindos salvadores.» disse a Banshee a arfar por ter descido a correr as ameias do castelo. «O meu nome é Catarina e serei eu a juntar-me a vós.»

 

«Pareceis saber muito Catarina.» disse David sorrindo. «excepto paciência.»

 

«De facto.» disse Catarina já mais recomposta. «Depois de ter chorado a morte de vosso amigo, a minha nova missão será de acompanhar-vos.»

 

«Mas as Banshee não desaparecem após a morte daqueles que choram?» perguntou Joana.

 

«Fiquei tão surpresa quanto vós.» disse Catarina

 

«Haveis chorado a morte de António?» perguntou Cristina. «Sabeis toda a história?»

 

«Sim sei.» disse Catarina. «Mas apenas posso revelar o que sei no local da morte dele.»

 

«Mas ireis revelá-la?» disse Vanessa.

 

«Sim.» disse Catarina.

 

«Então lá saberemos.» disse David. «Não interessa para agora.»

 

Catarina juntou-se ao grupo e partiram para Taur, lar dos Tauren e do grande labirinto. Esse labirinto era muito antigo, mais antigo que as raças do mundo. Diziam lendas que um grande demónio lá tinha sido aprisionado, mas como o labirinto tinha saídas, a veracidade destas lendas era duvidosa.. Os Tauren tinham ocupado o labirinto e raramente eram vistos fora dele.

 

«Como vamos encontrar os Tauren ali?» perguntou Freira.

 

«Isto talvez ajude.» disse Angela mostrando um mapa do labirinto.

 

«Está aí a localização dos Tauren?» perguntou Joana.

 

«Não.» disse Angela. «Infelizmente não tenho...»

 

«Eu posso ajudar com isso.» disse Passarinho. «Dai-me o mapa e eu trarei a localização até vós.»

 

Angela entregou o mapa a Passarinho que alçou voo até conseguir ver todo o labirinto. Observou durante algum tempo até descobrir a localização da aldeia Tauren. Colocou  então uma marca no mapa e voltou para junto dos outros.

 

«Óptimo .» disse Angela. «Isto vai ajudar imenso.»

 

«Mas como saberemos onde estamos dentro do labirinto?» perguntou Soraia.

 

«Com isto.» disse Angela. «Este pequeno ponto mágico que colocarei no mapa irá indicar-nos onde nos encontramos.»

 

 E assim começaram a desbravar o labirinto até descobrirem a aldeia Tauren no seu centro.

 

«Não sei porquê mas sempre achei que estivesse aqui.» disse Sérgio a sorrir.

 

«Eu também.» disse Ana Raquel.

 

«Angela os Tauren são parte homens parte touros certo?» perguntou Vanessa.

 

«São.» disse Angela.

 

«Então acho que devemos estar na aldeia errada porque são completamente humanos.» disse Joana.

 

«Só quando precisamos é que mudamos.» disse um jovem alto de cabelos negros e olhos verdes que estava atrás do grupo.

 

«Entendo... Quem sois vós?!» gritou Soraia assustada.

 

«O meu nome é Pedro mas todos me chamam de Silva.» disse o jovem Tauren.

 

«Silva?» perguntou Cristina.

 

«É uma palavra antiga que quer dizer alto.» disse Silva.

 

E de facto Silva elevava-se acima dos outros Tauren.

 

«Sois o líder?» perguntou David.

 

«Não.» disse Silva. «O nosso líder é Minos. Mas sei que algo se irá passar comigo por vos encontrardes aqui.»

 

«Sim.» disse Pequenina. «De facto irá.»

 

David e o grupo foram levados a Minos e após ouvir a missão do grupo, tal como sentira a vida de Silva mudou ao juntar-se ao grupo.