Capítulo 33
A Torre da Morte erguia-se em frente ao grupo. Uma estátua enorme de um guerreiro, comida pelo tempo e pelos elementos, apenas uma carcaça de imponência que um dia teria tido. Habitada agora por uma raça de Zombies, os seus lamentos ecoavam pelo interior da torre.
«É para ali que temos de ir?» perguntou Nuno.
«Sim.» disse Vanessa. «Não que nossa vontade para lá nos encaminhe.»
«Preferiria estar em outro local.» disse Lisa. «Não é um bom sentimento, o que tenho acerca daquela torre.»
Á volta da torre, vários Zombies andavam perdidos de um lado para o outro.
O grupo chegou ao pé da torre e foi recebido por uma horda de Zombies que os olhava deliciados.
«Estes não são para comer.» disse um dos Zombies. «Bem vindos estrangeiros. O meu nome é Paulo e irei juntar-me a vós.»
«Sabeis então de nossa missão?» indagou David.
«Sei.» disse Paulo. «Os Zombies da Torre da Morte irão ajudar vosso empreendimento.»
«Agradeço-vos.» disse David com uma pequena vénia.
«Será melhor que partamos.» disse Paulo. «A fome pode apossar-se da horda e não conseguirei impedir um ataque.»
O grupo saiu da Torre da Morte em direcção ao Pântano Morto lar dos Uruk Hai.
«Sempre pensei que os Zombies fossem desprovidos de inteligência.» disse Ana Raquel.
«Só quando a fome nos domina.» disse Paulo. «Mantemos na morte tudo o que fomos em vida.»»
O Pântano Morto era um paul interminável com um cheiro nauseabundo onde lagos de lama borbulhavam com cheiros sulfurosos.
«Será possível que alguém viva aqui?» perguntou Soraia.
«Vivem os Uruk Hai.» disse Angela. «São velhos inimigos. Mas tenho de concordar que não são acomodações para nós.»
«Eu até acho acolhedor.» disse Paulo.
«Lembra-me um pouco de Mirk.» disse Maria.
«Não consigo acreditar que algo cheire pior que a Torre da Morte.» disse Joaninha.
«Já agora.» disse Tânia. «O que são Uruk Hai?»
«Digamos que são uma mistura de humanos com Orc.» disse Claudino.
«Parecem ser criaturas horríveis.» disse Tânia.
«E ainda cheiram pior.» riu-se Claudino.
«Não que os humanos cheirem muito bem.» disse Lisa gozando.
«É um gosto adquirido.» disse Silva a rir.
«Sim mas não se esqueçam que vosso cheiro também é sentido.» disse Pequenina.
«E não é pouco.» disse Joninhas sorrindo.
E na galhofa uns com os outros o grupo penetrou na capital dos Uruk Hai.
«Não posso dizer que sejam bem vindos.» disse o maior Uruk Hai. «O meu nome é Lurtz e governo os Uruk Hai.»
«Também nós não nos sentimos muito bem em entrar em vossas terras.» disse David.
«Desde que nos entendamos.» disse Lurtz. «Precisais então de um de nós.»
«É assim o acordo.» disse David.
«Escolhei então.» disse Lurtz. «E depressa pois apressamo-nos a partir.»
Lígia e as Elfas procuraram então pelo acampamento dos Uruk o guerreiro que se juntaria ao grupo. Perto de um charco de lama estava um Uruk diferente. Era mais pequeno, mais magro a sua silhueta mais humana.
«É aquele majestade.» disse Lígia.
«O Sim Sim?» riu-se Lurtz.
«Sim Sim?» indagou André.
«Observem.» disse Lurtz. «Tiago!»
«Sim Sim.» disse o jovem Uruk. «Haveis chamado senhor.»
«Entendo.» disse Vanessa sorrindo.
«Tendes a certeza que é este que quereis?» perguntou Lurtz apontando com troça para Sim Sim.
«É ele.» disse Pequenina.
«Sim Sim.» disse Lurtz por pouco não contendo o seu riso. «Coube-vos a dúbia honra de acompanhardes estes estrangeiros.»
«A mim senhor?» perguntou Sim Sim incrédulo. «Tendes a certeza?»
«Temos.» disse Cristina. «Sêde bem vindo ao nosso grupo.»
«Obrigado.» gaguejou Sim Sim.
E com Sim Sim no grupo partiram para Kor.