Capítulo 57
O único que ainda restava era o Serafim que comandava as tropas, lutava com os familiares e Sílvio e a sua agilidade e força haviam já sobrepujado três dos dragões. Controlado por Sílvio o ultimo dragão tentava apanhar o Serafim ms este demonstrando grande mestria evitou os ataques e com uma estocada final terminou com o dragão. Ao olhar para baixo , quase ficou em choque, o seu esquadrão de Anjos não existia mais. Todos haviam caído frente ao grupo que agora sozinho enfrentava. Mas iria levar quantos pudesse com ele. Iniciou um vôo rasante e quando Serginho o tentou intercetar foi derrubado sem demora. Tiago e Ricardo tentaram também mas o Serafim despachou-os rapidamente. Paulo também tentou mas ficou feito em pedaços. O Serafim então dirigiu-se para Raquel com uma fúria imparável, mas quando os seus olhares se fixaram, ele parou, caindo de joelhos deixando a sua espada azul cair no chão. Aproveitando esse momento Diana disparou um virote contra o Serafim, mas um dos chicotes de Raquel desviou-o salvando-lhe a vida.
«Não!» exclamou Raquel interpondo-se entre os seus aliados eo Serafim. «Não ireis ferir este Serafim.»
«Raquel?» disse Fábio. «Que fazeis?»
«Não vou permitir que nada lhe aconteça.» disse Raquel. «E vós sabeis porquê.»
«Eu sei...?» disse Fábio. «A razão?»
«Olhai bem.» disse Raquel.
«Eu conheço esta face.» disse Fábio. «Vejo-a nos meus sonhos. Sonhos de vós Raquel.»
«Peço-vos perdão Fábio.» Disse o Serafim. «O meu nome é Flávio e sou o anjo da guarda de Raquel.»
«E tendes estado a usar-me.» disse Fábio. «Este tempo todo.»
«Infelizmente sim.» disse Flávio. «Sempre amei Raquel, mas sob pena de morte não a podia tocar ou amar. Mas vós tão perto dela, eu não consegui resistir a usar-vos para realizar os meus sonhos.»
«Mas isso quer dizer que Rashagall sabe onde se encontra o grupo.» disse Fábio. «Sempre soube.»
«Não.» disse Flávio. «Rashagall não sabe de nada. Como disse, se soubesse de minha aventura, eu não estaria agora a falar-vos.»
«Então nunca amei Raquel.» disse Fábio. «Haveis sido sempre vós.»
«Sei que minhas ações vos magoaram Fábio.» disse Flávio. «Libertar-vos-ei de minha influência.»
«E que fareis agora?» perguntou Raquel.
«Se me aceitardes senhora.» disse Flávio. «Lutarei a vosso lado.»
«Mesmo contra Rashagall?» indagou Raquel.
«Contra tudo.» disse Flávio. «O meu amor por vós guia as minhas ações.»
«Quando vos olhei, soube que vos amava, desde sempre.» disse Raquel. «Mas não poderei responder por meus companheiros.»
«Irei matá-lo.» disse Fava. «Pelo que fez aos nossos companheiros.»
«Ireis fazer o mesmo que ele fez aos nossos?» disse Vanessa. «Não sereis então igual?»
«Acho que Vanessa tem razão.» disse David. «Flávio parece ser sincero no que diz e poderá ser um aliado de valor. Mas acho que Fábio deverá ser quem decide.»
«Agora que estou livre de sua influência, não lhe guardo rancor.» disse Fábio. «Não mentirei ao dizer que não me sentirei bem ao lutar ao seu lado mas não o impedirei de se juntar a nossa demanda.»
«Obrigado Fábio.» disse Raquel sorrindo docemente.
«Como estamos em relação a baixas?» perguntou David.
«Paulo está desfeito mas vivo.» disse Ana Raquel.
«Betinha podeis fazer algo por ele?» perguntou Vanessa.
«Não.» disse Betinha. «Curar Paulo está para lá das minhas capacidades.»
«Matem-me.» pediu Paulo. «Enquanto minha cabeça viver apenas conseguirei olhar e falar e não quero passar a eternidade assim.»
«Vai ser rápido e indolor.» disse Vanessa com os olhos rasos de água.
«Obrigado Vanessa.» disse Paulo sorrindo.
Vanessa colocou-se atrás da cabeça de Paulo e com um movimento rápido trespassou-a acabando istantâneamente com a vida de seu amigo.
«Que faremos agora?» perguntou Joana.
«Primeiro vamos limpar este pátio.» disse Silvio. «Ou minha mulher irá matar-me.»
Tanto aliados e inimigos foram retirados e enterrados.
«Já não conseguiremos partir hoje.» disse Carmen.
«Se Sílvio não se importar, passaremos mais uma noite em seu castelo.» disse David.
«Não me importo.» disse Sílvio. «Serão bem vindos.»
«Gostava de fazer algo por vós.» disse Sergio.
«Desde que não seja algo maligno.» disse Sílvio.
Sergio entoou então palavras antigas e místicas e os quatro dragões de Sílvio elevaram-se novamente no ar e pousaram nas suas torres.
«Obrigado Sérgio.» disse Sílvio um pouco emocionado. «Pensei que os havia perdido.»
«Vi o amor que tendes por eles.» disse Sérgio. «Não podia deixar-vos sem eles podendo eu dar-lhes novas vidas.»