Capítulo 58


A noite caía e o grupo preparava-se para mais uma noite no palácio de Sílvio.


«Conheceis a ahistória de vossa espada?» perguntou Sílvio a Braga.


«Até há pouco tempo nem sabia que a possuía.» disse Braga.


«Ide até minha biblioteca e dizei o nome de vossa espada.» disse Sílvio. «O livro irá ter convosco.»


Na biblioteca Braga disse o nome de sua espada e um livro levitou até ás suas mãos. Nesse livro Braga leu a origem de sua espada. Milénios atrás Rashagall e Zerathull haviam se digladiado e parte de seu poder havia ficado preso nos reinos. Dois grandes artífices da Luz e das Trevas haviam forjado duas espadas de poder, Vortigren a espada da Luz e Sturmzeit a espada das Trevas. Vortigren fora entregue a uma dos primeiros chamada Bunny, enquanto Sturmzeit ficara exposta nos corredores do Caos. Mas um dos demónios havia roubado Sturmzeit e a espada desaparecera e foi esquecida. Bunny também desaparecera e Vortigren fora esquecida tembém.


«Bunny?» indagou pensativa Braga. «Esse nome parece-me familiar.»


«Devia. É vossa irmã.» disse Cristina. «Perdoai-me Braga, mas ouvi Evolus e vossa irmã a conversar e ele a chamou de Bunny.»


«Falarei com ele então.» disse Braga saindo da biblioteca.


Braga encontrou Evolus numa das varandas do palácio.


«Preciso falar-vos.» disse Braga. «Conheceis minha irmã.»


«Sim.» disse Evolus. «Conheço-a há muito tempo.»


«Podeis dizer-me quem é Bunny?» indagou Braga.


«Bunny?» perguntou Evolus. «Haveis falado com Cristina.»


«Sim.» disse Braga. «Bunny ficou responsável por Vortigren.»


«Exatamente.» disse Evolus. «Mas depois decidiu aceitar ser a Chave para o reino da Vida. Não podia manter Vortigren consigo e por isso deu uma vida é espada.»


«Então eu sou uma representação viva da espada?» indagou Braga incrédula.


«Sim e não.» disse Evolus.


«Como assim?» perguntou Braga confusa.


«Bunny criou-vos a partir da espada.» disse Evolus. «Mas o amor fraternal que Patiscas vos deu foi mais verdadeiro e tornou-vos no que sois.»


«E o que sou?» perguntou Braga duvidosa.


«Sois a portadora de Vortigren.» disse Evolus. «Uma jovem abençoada e a quem  me orgulho de poder chamar de amiga e aliada.»


«Obrigada Evolus.» disse Braga comovida. «Por um momento pensei que não era mais do que uma boneca ou marionete.»


«Não sois nada disso.» disse Evolus. «Sois tão verdadeira quanto qualquer um de nós. Limpai essas lágrimas e sorri.»


«Obrigado mais uma vez.» disse Braga feliz. «Sabeis algo de Sturmzeit?»


«Eu posso ajuda a responder  isso.» disse Neuza saindo das sombras.


«Vós Neuza?» indagou Braga.


«As lendas falam de um demóno que roubou Sturmzeit.» disse Neuza. «As lendas estão erradas. Não foi um demónio mas sim uma demónia, eu.»


Neuza abriu um peqeno portal e retirou uma espada igual á de Braga mas de cor negra sem brilho, como se a luz fosse consumida por ela.


«Eis Sturmzeit, a espada das Trevas.» disse Neuza.


«Ainda bem que está em vossas mãos.» disse Braga. «Será certamente uma grande ajuda em nossa missão.»


«Sim.» disse Evolus pensativo. «Acredito que será.»